das passarelas para as ruas- assimetria camila coelho

Além das ombreiras, cores vibrantes e metalizadas, a década de 1980 foi importante para destacar certas mudanças, principalmente, vindas de origens asiáticas. No Japão, os estilistas (incluindo Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo e outros) foram os responsáveis por quebrar regras, mudar a estética que, até então, era muito “certinha”. As peças milimetricamente estudadas para serem simétricas ganhavam mudanças – marcantes. E se uma manga for de um jeito do lado direito e diferente do lado esquerdo? Ou a barra ser enviesada? Tudo isso estava, de fato, acontecendo, nos decotes, vestidos, saias, blusas, calças… Tudo de um jeito despretensioso e moderno. Hoje, a moda já consumiu completamente a tendência, que explora a modelagem em diversas peças – vai do girlie ao minimalista. Aqui, a Cami apostou em uma blusa acinturada com barra composta por pontas – cada uma feita de um jeito. Já no meu visual, a blusa tem barra com ponta em uma das laterais para quebrar a produção monocromática.

das passarelas para as ruas- assimetria camila coelho

Nas passarelas, as grifes exploraram babados e alças de um jeito cool e elegante. A Self-Portrait trouxe o look listrado com diferença de espessura de linhas, sendo a blusa em um formato risca de giz e alça dupla em um lado e tira simples do outro. Na Proenza Schouler, o vestido brinca com a divisão de top e saia, sendo as partes unidas por um enorme babado.

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A Preen trouxe dobraduras, que mesclam sobreposições inusitadas, do jeito minimalista-chique. Para a Burberry, o mix de transparência e camisaria ganhou ainda mais charme com a sobreposição de tricô, com manga de um lado e decote na diagonal.

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A francesa Lacoste explorou a estrutura de manga longa de um lado, enquanto o outro ficou solto e aberto. Com uma diferença de barras, a The Row investiu na mistura de barra pontuda e mais curta para o look de alfaiataria no seu Fall 2018.

Beijos, Alice.

Escrito por Editorial Team