Olá pessoal!
Acabei de voltar de Cuba. Um lugar cheio de cores, de praias lindas e que dança conforme sua própria música há mais de meio século. Essa foi minha segunda experiência no país. A primeira foi a pouco mais de 20 anos. Na época vi uma Cuba fechada, pacata, muito sofrida, com pouco movimento pelas ruas. Um país praticamente sem turistas. Agora as mudanças são evidentes. O futuro já começa a acenar e a “Era Fidel” vai aos poucos ficando para trás. Só para relembrar, Fidel Castro implementou o comunismo em Cuba, em 1959, depois do país ter vivido um período de ditadura. Desde então, as pessoas foram tolhidas de sua liberdade de expressão e perderam a autonomia para ir e vir. Há pouco Obama resolveu refazer as alianças entre as nações, Fidel Castro faleceu e uma nova Cuba vai se revelando aos poucos.
Meu roteiro no país incluiu Havana, Cienfuegos, Trinidad, Cayo Coco, Cayo Guillermo e Santa Clara. Vou contar hoje para vocês como foi minha semana em Havana, a capital do país. Cheguei de Copa Airlines num voo com escala no Panamá. No total são 9 horas de voo, a partir do Brasil. O Aeroporto Internacional José Martí é bem confuso. Minha primeira dica é: “mala de mão”. Isso agiliza a chegada. Na saída do saguão do aeroporto vá direto até uma “cadeca”, ou seja, casa de câmbio, para trocar euros pela moeda local. Aliás, dinheiro é uma questão bem complicada no país, pois são usadas duas moedas. Uma para os cubanos (pesos cubanos ou cup) e outra para os turistas (pesos convertidos ou cuc). E você vai precisar ter cucs para pagar o táxi. (Um cuc corresponde a 25 cups.) Dá para optar entre um táxi comum amarelo ou um carro antigo, daqueles que são a marca registrada de Cuba.
Havana foi fundada em 1489 como colônia espanhola. Foi descoberta pouco antes do Brasil. Essa herança domina a arquitetura da cidade, apesar do péssimo estado de conservação. Um dos lugares que mais revela o modo de vida da cidade é o Malecón, uma avenida de sete quilômetros à beira-mar onde as pessoas se reúnem para bater papo, namorar, pescar, dançar, fumar charuto, beber rum, ver o pôr do sol. Mas, não tem praia.
Dali ande sem pressa pelo centro antigo de Havana declarado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Visite a belíssima Praça da Catedral, a Praça de Armas, a Praça Velha. Aproveite para fazer uma parada na Bodeguita del Medio para tomar um mojito e cair no embalo do delicioso ritmo cubano chamado de “son”, uma mistura de salsa, rumba e cha cha cha que não deixa ninguém parado.
Entre nas lojinhas da Calle O Bispo, visite o hotel Ambos Mundos onde o escritor Hemingway morou, vá ao Capitólio, ao Museu da Revolução, ao Museu Nacional de Belas Artes, e claro, converse com as pessoas, elas são a parte mais interessante da viagem. No final da tarde, nas praças muita gente se reúne com Cartões de wifi na mão tentando uma conexão. Eles são comprados por 2 cucs e dão direito a uma hora de wifi. É engraçado e aos mesmo tempo desesperador. Mandar um e-mail de Cuba é tarefa árdua e cara!
Uma boa indicação de restaurante é o El Carbon. Meu favorito na cidade. O prato a ser pedido é o “cerdo ahogado”, afinal porco é a carne mais consumida no país. Para ficar hospedado com muito conforto indico o Gran Hotel Manzana Kempinski, disparado o melhor da cidade. O hotel ocupa uma mansão histórica que já foi usada como escola e hospital. É uma arraso. Sinal de novos tempos.
Na semana que vem vou contar para vocês sobre as incríveis ilhas de Cayo Coco e Cayo Guillermo, ao norte de Cuba, onde o azul turquesa caribenho fala bem alto.
Desejo uma semana de muito amor para vocês e até a próxima terça. Deixem seus comentários abaixo.
Beijos
