Oi pessoal!

O destino de hoje não poderia ser outro senão o espetacular Japão que está recebendo de braços abertos nossa querida Camila. Esse país milenar é construído sobre camadas de história. Incluir Kyoto no roteiro é obrigatório. Afinal, a cidade foi fundada no século I e serviu como capital da corte imperial até o século XIX, quando foi transferida para Tóquio. Nem preciso dizer que é a cereja do bolo, mais a cobertura e o recheio, mesmo que não seja uma cidade de beleza óbvia. No entanto, guarda entre suas preciosidades mais de dois mil templos. É exatamente sobre cinco deles que vou contar para vocês hoje.

O Templo Tenryu-Ji – cujo nome significa “templo do dragão celestial” – fica no meio de uma floresta de bambu linda e foi o que mais me despertou curiosidade. Esse templo faz parte de um complexo formado por muitos pavilhões e casas. É o maior templo zen-budista de Kyoto e é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade. Seus jardins são uma delicadeza ímpar e os bambuzais dão um ar misterioso. De todos os templos que visitei em Kyoto, esse foi o mais distante. O trem é a melhor forma de chegar. Vale o esforço.

OS INCRÍVEIS TEMPLOS DE KYOTO camila coelho blog12

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Outro templo zen budista espetacular e por isso um dos mais visitados de Kyoto é o Kinkaku-Ji, também conhecido com Pavilhão Dourado. Ele foi construído por um xogum (comandante do exército nomeado pelo imperador) que abriu mão das suas funções oficiais para se dedicar ao sacerdócio. Uma história bastante inusitada. O Templo Dourado era onde ele morava, mas foi destruído várias vezes por incêndios. Cada um dos seus andares é construído em um estilo diferente, sendo que as paredes do segundo e do terceiro andares são cobertas por placas folheadas a ouro. O reflexo do templo na água é hipnotizante. Dá para ficar horas parado olhando.

O templo zen budista Ginkakuji, também conhecido como Pavilhão de Prata, tem sua história inspirada no Pavilhão Dourado. Ele foi feito para servir como local de retiro do xogum Yoshimasa, neto do xogum que construiu o Pavilhão Dourado. A intenção era de que os dois templos fossem iguais porém um coberto com placas de ouro e o outro com placas de prata. No entanto, começou uma guerra e o sonho do xogum de seguir os passos do avô não pode ser concretizado. O resultado pode ser visto ainda hoje em um templo com cada andar em estilo diferente, porém todos em cores escuras. Atualmente, a grande estrela desse templo é seu jardim zen impecável. Uma obra de arte. Tem até uma réplica do Monte Fuji, em areia. Espetacular!

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Considerado o segundo templo budista mais antigo de Kyoto, o Templo Kiyomizu-dera recebe peregrinos que oferecem suas orações à deusa Kannon há mais de mil anos. O fato mais curioso é que antigamente havia um ritual macabro e as pessoas se jogavam da sacada do templo principal ao fazer uma promessa imaginando que aqueles que sobrevivessem teriam seus pedidos realizados. Não preciso nem dizer que essa prática foi proibida. O templo hoje é protegido pela UNESCO, faz parte dos Monumentos Históricos da Antiga Kyoto e foi escolhido pelos japoneses para concorrer como uma das Novas Maravilhas do Mundo Moderno, ficando entre os finalistas.

Para finalizar, não posso deixar de citar o santuário xintoísta Fushimi Inari, o principal cartão-postal de Kyoto, com milhares de toris vermelhos enfileirados, dedicados a Inari e onde foram filmadas cenas das Memórias de uma Gueixa. É um lugar que tem que ser visitado com calma para que se possa desfrutar de sua energia. Os japoneses que circulam pelo templo vão em busca de prosperidade nos negócios. Como parte do ritual das orações, eles penduram milhares de tábuas de oração e talismãs. Esse é meu templo favorito em Kyoto. Já falei dele anteriormente. Lembram?

Citei apenas cinco templos. Mas, são muitos. Dá para ficar um ano inteiro em Kyoto e mesmo assim é provável que não dê para ver tudo.

Desejo uma semana de muita luz para vocês e até a próxima terça com uma viagem para a terra de Bob Marley. Espero vocês.

Beijos

Claudia Liechavicius

Escrito por Editorial Team