CUZCO, NO RASTRO DOS INCAS camila coelho blog11

Conhecer a antiga capital do Império Inca era meu sonho antigo. O que eu não podia imaginar era o estrago que a altitude ia fazer comigo nos dois primeiros dias de viagem. Que loucura. Eu já tinha estado em lugares até mais altos do que Cuzco e nunca tinha sentido esse mal estar, mas em Cuzco foi difícil. Ao chegar na cidade me senti tão bem nas primeiras horas que até pensei que fosse passar tranquilamente aqueles dias a 3444 metros de altitude. Doce ilusão. Depois de algumas horas, o mundo começou a girar. Tive náuseas, cansaço, falta de ar, calafrio e mesmo estando com muito sono, não conseguia dormir de jeito nenhum. Uma sensação muito estranha. Tomei litros de chá de coca e nada de melhorar. Terrível. No terceiro dia, péssima, entrei numa farmácia e comprei umas pílulas indicadas pelo funcionário para equilibrar os sintomas do mal da altitude. Santo remédio. Sobrevivi! E só então, consegui explorar o legado inca deixado nessa região peruana declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1983.

O Império Inca teve muito poder de 1200 a 1500 d.C. Eles tinham um território gigantesco que ia da Argentina ao Equador. Tinham um rei sagrado, considerado filho do sol. No total, o Império Inca teve 13 reis. O título era sempre passado de pai para filho. Deixaram um legado fantástico que pode ser visto em Cuzco, Ollantayytambo, Saqsaywuaman e Machu Picchu.

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O coração de Cuzco é a Plaza de Armas. As igrejas e demais construções que hoje estão ali foram edificadas sobre ruínas de antigos palácios e templos incas. Pois na época da invasão espanhola quase tudo foi posto abaixo. Ficaram de pé apenas as fundações de pedra encaixados perfeitamente e resistentes aos terremotos que acontecem eventualmente. Essa mescla inca-hispânica é a marca registrada da arquitetura de Cuzco. Também não deixe de conhecer San Blas, o bairro dos artesãos, com suas ladeiras estreitas e escadarias; o Convento de Santo Domingo edificado sobre o templo inca dedicado ao deus sol; o Museu Koricancha que tem objetos incas encontrados nas escavações e inclusive uma múmia; o Palácio do Arcebispo constrído sobre um palácio inca. Afastado do centro inclua os complexos arqueológicos de Saqsaywuaman, Q’enqo e Pukapukara.

Par ficar hospedado num local histórico incrível indico o hotel Belmond Monasterio que foi construído sobre um palácio inca. O hotel é muito especial. Para começo de conversa tem oxigênio nos quartos para ajudar a revitalizar os hóspedes em “estado de sofrência” como eu. O café da manhã é servido num corredor envidraçado virado para o pátio interno. O restaurante principal fica num salão onde os sacerdotes faziam suas refeições. A capela é linda. E fica num ponto bem central. Melhor impossível.

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Aproveite para esticar sua viagem até Machu Picchu, Salina de Maras, campos de cultivo dos incas em Moray e, claro, fique alguns dias em Lima para comer divinamente bem nessa capital que vem se revelando ao mundo com sua culinária fantástica.

Deu vontade de pegar o avião rumo ao Peru? Espero ter inspirado vocês.
Desejo uma semana iluminada para todos.

Claudia Liechavicius

Escrito por Editorial Team