Cada um tem lá suas paixões secretas. Tenho muitas. Mas, uma delas me acompanha desde criança e fez até com que eu colocasse o Sri Lanka no topo da minha wish list. Será que vocês adivinham qual é? Que motivo me levou ao antigo Ceilão?
Pois acertou quem disse “o chá”!
O Sri Lanka é famoso por produzir um dos melhores chás do mundo. As condições climáticas do centro da ilha são consideradas perfeitas para seu desenvolvimento e isso faz com que esteja entre os maiores e melhores produtores desse “néctar” de sabor suave e perfumado. Para quem gosta, como eu, é prato cheio, ou melhor xícara cheia.
Depois de conhecer a capital Colombo, passei uns dias em Hambantota e finalmente do Parque Nacional de Yala tomei o rumo das montanhas de Nuwara Eliya num jornada longa de mais de cinco horas de carro.
Saí da costa do Sri Lanka banhada de sol e conforme aumentava a altitude, fui percebendo no ar as tais condições climáticas que fazem a “alegria do chá”. A temperatura caiu subitamente, cachoeiras começaram a aparecer pelo caminho, aumentou a umidade, o tempo ficou mais nubladinho e uma chuva fina passou a cair no final da tarde, diariamente. O clima mudou completamente e o cenário se tornou mais bucólico. Muito verde. Aliás, um dos trajetos de trem mais cobiçados do país fica nessa região, exatamente entre Ella e Hatton, onde os trilhos cortam quilômetros e mais quilômetros de plantações de chá do Ceilão.
Descobri por lá que os chineses foram os primeiros a preparar a bebida 2 mil anos antes de Cristo. Depois os japoneses passaram a consumir o chá, mais tarde os árabes e só no século XVI que o hábito se espalhou pela Europa.
Aproveitei para ficar hospedada 2 noites no emblemático hotel Ceylon Tea Trails, do grupo Resplendent Ceylon – em estilo inglês, super charmoso, sem chaves nas portas (que maravilha!) cercado de terraços de chá e fábricas por todos os lados.
Uma verdadeira festa. Confesso que foi difícil ir embora.
Um brinde a vocês, com muito chá!
Beijos e até a próxima terça.