A vida é cheia de surpresas. Algumas boas e outras não tão boas. Quem teria adivinhado que o coronavírus pararia o mundo desta maneira? Estamos todos no estaleiro esperando que a pandemia passe. Se não estivéssemos em quarentena, eu embarcaria esta semana para o Deserto do Atacama, no Chile, e tinha a intenção de combinar esse destino com o incomum Salar de Uyuni, na Bolívia. Mas… o sonho foi adiado.

Como estes países são vizinhos, é “relativamente” fácil atravessar de um para o outro. É preciso levar em conta a altitude, as adversidades de ter que atravessar os Andes, a precariedade das estradas e a falta de conexão por telefone celular. Mas a beleza da paisagem é tão grande que vale a pena o esforço. É uma daquelas viagens que nos faz sentir pequenos diante da força da natureza.

Teria sido minha segunda experiência no Deserto do Atacama e, desta vez, eu teria compartilhado o alojamento entre os charmosos hotéis Alto Atacama e Tierra Atacama para rever aquelas paisagens imponentes cercadas por um cinturão de vulcões e para trilhar entre lagoas, dunas, cactos gigantes, salares e gêiseres. Um lugar que merece muitas idas e vindas porque embora pareça uma região árida, não tem monotonia! Sua geografia é muito singular e de uma diversidade surpreendente.

O Alto Atacama foi construído em barro, totalmente em equilíbrio com a natureza, ao lado das ruínas de Pukara Quitor. É muito exclusivo. Tem apenas 42 casas, o que é importante pensar neste momento de recuperação pós-pandêmica, e está a apenas três quilômetros do vilarejo de San Pedro de Atacama.

Tierra Atacama é outro oásis de conforto e exclusividade no deserto. Tem também uma grande responsabilidade com o meio ambiente e harmonia com a natureza. Está a dois quilômetros de San Pedro de Atacama e tem o vulcão Licancabur como pano de fundo. Um luxo!

Os próprios hotéis oferecem um belo cardápio de excursões ao Atacama. Entre eles estão: Vale da Lua e da Morte, Salar de Tara, Lagoas do Altiplano, Geyser del Tatio, Puritama Hot Springs, escalando um dos muitos vulcões da região e até se estendendo até o Salar de Uyuni. E essa era exatamente minha intenção, visitar o maior deserto de sal do mundo, na vizinha Bolívia, e viver uma super experiência ficando no Palácio do Sal, na beira do Salar, a 600 quilômetros de La Paz. O hotel é muito aconchegante, sofisticado e moderno. É um privilégio ficar lá para ver o Salar de Uyuni, a Reserva Natural Eduardo Avaroa, a Lagoa Colorada cheia de flamingos, o Manãna Sun Geyser, as fontes termais de Polques, as cidades de Sucre e Potosi.

Não é demais? Viagens de natureza estarão em alta assim que pudermos voar. Chile e Bolívia me esperam. Eu estarei lá em breve.

Tenha uma ótima semana. Um beijo e até a próxima terça.

Escrito por Claudia Liechavicius